Efeito sobre economia real já aparece no mercado imobiliário

todas as categorias

O setor imobiliário é um dos maiores exemplos de como a queda de juros, quando repassada para o consumidor, beneficia a economia real. Mês após mês saem dados que evidenciam o crescimento nos lançamentos, vendas e financiamento imobiliário. Os números são atribuídos, de forma unânime, a uma combinação de queda de juros, retomada da confiança do consumidor e de sinais de recuperação do emprego.

O presidente da Abecip (Associação de Entidades de crédito imobiliário), afirma que o mercado imobiliário é o que mais consegue tangibilizar a queda de juros, atualmente praticando as menores taxas da história. É uma verdadeira guerra de preços.

Dados do SecoviSP (Sinicato do mercado imobiliário) mostram que foram vendidos, apenas em São Paulo, 40 mil imóveis nos últimos 12 meses encerrados em agosto. Crescimento de 40% na comparação com um ano antes. A principal demanda é por unidades de dois dormitórios, o que corrobora a percepção de que são famílias comprando a casa própria.

Também crescem os lançamentos, e essas obras auxiliam na geração de empregos, como mostra o Caged (registro de vagas formais). Dos cerca de 760 mil postos com carteira assinada criados neste ano, 116 mil foram na construção civil.

Economistas afirmam que a queda da Selic (de 14,25% para os 6,50%) ajuda mesmo aqueles que não estão comprando casa própria agora, mas o fizeram em época de crise, com crédito caro. Juros mais baratos abrem espaço para renegociação e uma folga no orçamento, o que, por fim, se converteria em mais consumo.