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Curitiba é a cidade mais inteligente do Brasil!

Curitiba desbancou São Paulo e agora é considerada a cidade mais inteligente do país. A conclusão é do Connected Smart Cities, levantamento que explora o desempenho de 700 municípios do país para definir o potencial de desenvolvimento de cada um deles. Apesar de patinar em áreas essenciais, como saúde e segurança, a boa avaliação da capital paranaense foi puxada por bons resultados nas áreas de investimento municipal, transparência e tecnologia.

A nova edição da pesquisa fez São Paulo, líder do ranking em 2016 e 2017, cair para o 2º lugar. Curitiba, que pleiteou o 3º lugar em 2016 e chegou à vice-liderança no ano passado, agora ascende ao título de cidade mais inteligente do país melhorando em sete dos 11 indicadores avaliados: urbanismo; tecnologia e inovação; economia; saúde; segurança; empreendedorismo e governança.

Nas áreas de mobilidade; meio ambiente; educação e energia, os outros eixos que serviram como base da metodologia, a cidade caiu ou continua fraca a ponto de não entrar no grupo das 50 mais bem avaliadas.

A pesquisa mostra ainda que é em governança que a capital mais paranaense mais se destaca, pulando do 3º para o 1º lugar. Para o cálculo deste tópico é assimilado o desempenho dos municípios em relação à escolaridade do prefeito; à Escala Brasil Transparente (EBT), que mede o grau de transparência pública; à disponibilidade de conselhos e o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IDFM) – cuja avaliação mais recente, de 2016, colocou Curitiba na 74ª colocação nacional.

Entre os demais eixos que Curitiba também ocupa lugar de destaque estão urbanismo (2º lugar no ranking específico), tecnologia e inovação (3º) e empreendedorismo (2º). Por outro lado, os dados mostram claramente onde o planejamento precisa melhorar. Em saúde, por exemplo, a capital está em 33º lugar ; e em energia – um dos indicadores que trata principalmente de sustentabilidade – o município continua sem aparecer entre os 50 mais bem colocados.

O levantamento ressalta ainda que um dos grandes fatores que contribuíram para o crescimento de Curitiba no ranking foi o fato de a cidade ter apresentado crescimento de 20% das microempresas individuais no último ano, além de sediar sete incubadoras de empresa e quatro parques tecnológicos – entre eles o Tecnoparque, projeto relançado em maio e que reduz impostos para empresas de base tecnológica.

Soma-se a isso os planos de transformar a cidade em referência em inovação com a criação do Vale do Pinhão, uma espécie de réplica do modelo empreendedor aplicado no Vale do Silício, nos Estados Unidos.

“Curitiba este ano assume a liderança no ranking. E esse resultado demonstra a importância das ações de curto e médio prazo realizadas em anos anteriores e dos planos estratégicos das cidades, que devem ser mais do que planos de governo que não necessariamente sigam apenas o ciclo político de quatro anos, mas que prevejam estratégias e ações em diferentes tempos: curto, médio e longo prazo”, analisa Thomaz Assumpção, sócio da Plataforma Connected Smart Cities e presidente da empresa de consultoria Urban Systems, uma das responsáveis pelo levantamento.

Perdendo a liderança, São Paulo caiu por piorar nos eixos de tecnologia e inovação (passando do 2º para o 4º lugar); empreendedorismo (1º para o 9º lugar) e economia (3º para o 7º lugar). Mesmo assim, a maior cidade do país continua sendo a melhor nos quesitos mobilidade e acessibilidade; e urbanismo.

Fonte: Gazeta do Povo 

 

Tudo sobre o aumento dado ao limite no financiamento de imóveis pela Caixa

As novas medidas da CEF buscam aquecer o mercado imobiliário e gerar mais empregos para construção civil.

Ainda que, anteriormente, a Caixa Econômica Federal tenha diminuído o limite para o financiamento imobiliário e, ao mesmo tempo, aumentado os juros dessa modalidade, hoje, dois anos mais tarde, ela volta a aumentar o crédito e a abaixar as taxas.

Como resultado, isso demonstra uma facilidade maior para financiar imóveis e, claro, deve resultar em um aumento significativo da demanda por imóveis no país. O consultor imobiliário da Porto Seguro, Roger Oliveira, explica “o limite para financiar imóveis é fator decisivo na tomada de decisão de um futuro comprador; quando as condições são facilitadas, é esperado que mais pessoas busquem por essa negociação”.

Com essas medidas, a Caixa Econômica Federal pretende aquecer não somente o mercado imobiliário, mas também o setor da construção civil. Com a redução das taxas de juros para financiamento e o limite disponível para financiar um novo imóvel, na prática, é possível economizar até mais que R$ 100 mil, dependendo do valor negociado.

Para financiamentos de R$ 300 mil, em 30 anos, o futuro comprador poderá economizar cerca de R$ 50 mil; para R$ 450 mil, a economia poderá bater a casa dos R$ 75 mil. Esses valores dependem, obviamente, do sistema de financiamento escolhido: ou Sistema Financeiro de Habitação, ou Sistema de Financiamento Imobiliário.

Para o Sistema Financeiro de Habitação, ou SFH, os imóveis podem ser financiados com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o FGTS. Existe um limite para essa negociação que varia de acordo com o estado em que o imóvel se encontra – para São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal, esse valor é de R$ 750 mil; para as outras localidades, o limite é de apenas R$ 650 mil.

Para o Sistema de Financiamento Imobiliário, ou SFI, os imóveis financiados são aqueles que não são contemplados pelo SFH, isto é, para São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal, são negociados imóveis acima de R$ 750 mil; para o restante do país, acima de R$ 650 mil.

Para o primeiro caso, são negociados imóveis de até R$ 950 mil, cujas taxas de juros mínimas passaram de 10,25% para 9%, ao ano. Para o segundo caso, os imóveis que ultrapassam o limite do SFH ficam com as taxas mínimas a 10%, diferente dos 11,25% anteriores. As máximas ficam em 10,25% para SFH e 11,25% para SFH, por ano.

Para imóveis usados, as regras da Caixa Econômica Federal também foram alteradas e tornaram-se mais viáveis para os futuros compradores. Anteriormente, o limite para financiamento era de apenas 50% do imóvel, mas foi aumentado para 70%, competindo com os 80% dos imóveis novos.

Para Roger de Oliveira, essa é uma medida que também ajuda a aquecer o mercado, “parte-se da ideia de que as pessoas buscam sempre imóveis novos para a compra, mas é algo ilusório: grande parte da população ainda busca por imóveis usados, mas em boas condições”.

Na prática, o aumento do limite para a compra de imóveis usados ainda ajuda na criação de novos empregos e na movimentação do setor imobiliário do país inteiro. “O sonho de ter uma casa própria ainda está muito presente na vida dos brasileiros, não é? Ter uma oportunidade de comprar um imóvel é o que eles precisam”, reflete Roger.

Quanto aos prazos, no entanto, é importante salientar que eles permanecem os mesmos. Para as negociações na modalidade SFH, é possível variar entre 156 e 420 meses (ou seja, de 13 a 40 anos); já para as negociações no SFI, a variação é de 120 a 420 meses (isto é, de 10 a 40 anos).

Impactos no mercado imobiliário

Como resposta às mudanças da Caixa Econômica Federal, o mercado já mostra sinais de aquecimento como reação positiva. “Acredito que tenha sido o momento certo para as mudanças da CEF, porque as pessoas estavam bastante receosas de contrair dívidas agora”.

Principalmente quando se fala na crise financeira ainda presente no país, diante da possibilidade de desemprego, é natural que os brasileiros queiram assumir um financiamento imobiliário. Por essa razão, a redução das taxas e aumento do limite dado pela Caixa é uma medida inteligente para aquecer o mercado.

Além disso, é nítido que, desse modo, ela pode voltar à competitividade no mercado imobiliário. Ainda que ela seja a instituição financeira detentora da maior porcentagem de negociações, cerca de 70%, os juros não eram os mais vantajosos.

Ainda assim, os futuros compradores ainda se veem em uma pesquisa minuciosa para comparar as melhores taxas de financiamento a fim de adquirir condições menos pesadas para o bolso. “Com essas medidas, o ideal é que se aproveite as condições da Caixa Econômica Federal, principalmente porque não sabemos a durabilidade delas; a qualquer momento, ela pode voltar atrás”, alerta Roger.

A reação positiva pode ser vista não apenas no aquecimento do setor imobiliário de forma direta, mas também de toda sua cadeia produtiva, como a construção civil. Afinal, os benefícios oferecidos pela Caixa não apenas incentivam a compra de novos móveis, como, também, estimulam a geração de empregos relacionados a compra e venda dessas casas. A expectativa é de que o ano feche em alta de 2%, melhor do que a relação observada no ano anterior.

Desde os primeiros sinais da crise, a Caixa Econômica vem buscando aumentar a competitividade perante outras instituições financeiras que oferecem crédito imobiliário. Ainda assim, tanto as taxas de juros quanto o limite para financiamento vêm sofrendo oscilações desde 2015; a última redução, no entanto, ocorreu apenas em 2016, quando as taxas passaram para 9,25% no SFH e 10,75% no SFI.

 

Os impactos da Selic sobre o mercado imobiliário no próximo semestre

Os impactos da Selic sobre o mercado imobiliário é um assunto recorrente aqui no blog. O fato se dá pelo momento que a economia brasileira está vivendo desde o ano passado com as constantes quedas da taxa.
Apesar de o Banco Central ter encerrado o ciclo de 12 quedas consecutivas dos juros básicos em maio, a Selic continua no menor patamar desde abril de 2013. A priori, o que é primordial destacar é que o setor imobiliário é um dos mais impactados positivamente pela redução da Selic.
Para entender melhor essa relação, é importante frisar que a Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é a taxa média de juros paga pelo governo brasileiro em empréstimos tomados de instituições bancárias. Ou seja, quando esta taxa aumenta, os bancos tendem a comprar títulos do governo.
Pois, dessa forma, aumentam seus rendimentos. Já quando a Selic abaixa, essa redução estimula os bancos a emprestarem dinheiro diretamente ao consumidor. Afinal, o empréstimo de mais dinheiro para o consumidor aumenta a oferta de capital disponível no mercado.
É igualmente importante ressaltar que é a Selic que regula, ainda que indiretamente, outras taxas de juros que temos no Brasil. Como, por exemplo, as taxas de poupança, crediário, cartão de crédito, financiamento (inclusive o imobiliário!).

Quanto menor a taxa, mais dinheiro tem circulando no mercado. Além do mais, com essa redução, o consumo é estimulado e os juros ao consumidor também caem. Isso aumenta tanto o volume das compras a prazo quanto o volume de financiamentos.